quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Cotidiano africano

O quadro branco em minha mente solitária
Lembra-me fatos que o sangue não lavou
E na janela, a guarra revolucionária
Faz um poema com verdade e rancor

Melancolia em meus óculos escuros
A minha alma afogada e amarela
Não detecta quem são os homens puros
E lambe os ossos existentes na tijela

Um leopardo fugindo do seu destino
Cruza a ponte que conduz à salvação
E lá de cima desce a águia e um menino
Com asas fortes construídas com latão

O tempo é curto, o peito é firme, a veia é frágil
Rompe-se! Explode a existência pelo ar
A força ativa junto a espada ágil
É a gravidade desse sistema solar

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