Depois de tanto tempo
De pedras e geleiras
No qual de mim saía
Apenas suor, sangue e pus
Depois de tantas guerras
De vitórias e empates
De olhares duros, mortos
De pancadas e rancores
Depois de tantos fatos
Em que tudo é documento
Onde o coração se torna
Mero músculo cardíaco
Depois de tanta vida
Sem flores no jardim
Sem qualquer sentimento
Sem feijõezinhos no algodão
Depois de tanto nada
Dessa ausência de mim mesmo
Dessa falta de carinho
Desse vácuo incontido
Depois de tanto tempo
Sinto que a maldita japonesa
Vai conseguir tirar
Uma lágrima dessas pedras...
segunda-feira, outubro 10, 2005
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Um comentário:
É sempre um grande prazer encontrar poesia num blog.
Parabéns.
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