Na lanchonete que há ali na esquina
Os bons ateus se unem na patota
Cada um deles bebe sua cota
Cada um deles conta sua sina
A Bíblia Sacra é bastante fina
Na discurssão que a mocidade adota
A caçoada nunca se esgota
A gargalhada logo desatina
Realidade! É o que eu tenho visto
Na lanchonete que a rua conduz
Como eu não bebo, eu só peço um misto
Queijo, presunto e o velho "orange juice"
Esse é meu modo de pagar a Cristo
Tudo que Judas deve a Deus Jesus
terça-feira, agosto 30, 2005
O que houve?
Certo que foi a ida ao cemitério
Foi a morte imersa nesse frio
Minha alma imersa no sombrio
Minha mente imersa no mistério
Foi uma face de um esqueleto sério
Um cérebro jogado no vazio
Os ossinhos de cadela no cio
Foi uma foice que lhe atinge e fere-o
As pegadas de porcos pelo chão
O fartum. O odor de sangue e pus
Plainava sobre a vela do caixão
Foi isso que tirou do sol a luz
Foi isso que empregou a negridão
Medo que rasga nossos céus azuis...
Foi a morte imersa nesse frio
Minha alma imersa no sombrio
Minha mente imersa no mistério
Foi uma face de um esqueleto sério
Um cérebro jogado no vazio
Os ossinhos de cadela no cio
Foi uma foice que lhe atinge e fere-o
As pegadas de porcos pelo chão
O fartum. O odor de sangue e pus
Plainava sobre a vela do caixão
Foi isso que tirou do sol a luz
Foi isso que empregou a negridão
Medo que rasga nossos céus azuis...
Drogadição
O sono do narcótico, o prazer
Fumaça da pedra de crack acesa
Carreira de pó branco sobre a mesa
Muito whisky com gelo pra beber
Maconha na cartilha do ABC
Um chá de cogumelos na certeza
De não mais encontrar a velha obesa
Da qual comprou seu LSD
A noite que disfarça seu estado
Vagas percorrem seus olhos vermelhos
Os olhos do mais obediente gado
A mãe não tem palavras nem joelhos
E o valor da vida pro drogado
Não passa de vidraças e espelhos
Fumaça da pedra de crack acesa
Carreira de pó branco sobre a mesa
Muito whisky com gelo pra beber
Maconha na cartilha do ABC
Um chá de cogumelos na certeza
De não mais encontrar a velha obesa
Da qual comprou seu LSD
A noite que disfarça seu estado
Vagas percorrem seus olhos vermelhos
Os olhos do mais obediente gado
A mãe não tem palavras nem joelhos
E o valor da vida pro drogado
Não passa de vidraças e espelhos
quarta-feira, agosto 03, 2005
Uma cena
Vomitou seguidamente na telha
A chuva lhe caía na corcunda
E caminhava pela água imunda
Que lhe molhava a boca e a guedelha
Desesperado - à guisa de fedelha
Eis que se viu a escorrer da bunda
O pedaço de fezes que afunda
E que apaga a última centelha
E vendo um rato a lhe roer o saco
Como humano que do lixo almoça
E da muxiba, só degluti um naco
Cambaleando, ele cai na fossa
Em seus ouvidos só se escuta: "Fraco!"
E são ols ratos que lhe fazem troça
A chuva lhe caía na corcunda
E caminhava pela água imunda
Que lhe molhava a boca e a guedelha
Desesperado - à guisa de fedelha
Eis que se viu a escorrer da bunda
O pedaço de fezes que afunda
E que apaga a última centelha
E vendo um rato a lhe roer o saco
Como humano que do lixo almoça
E da muxiba, só degluti um naco
Cambaleando, ele cai na fossa
Em seus ouvidos só se escuta: "Fraco!"
E são ols ratos que lhe fazem troça
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