As fezes tão nobres se tornam adubo
Para as sementes da mãe natureza
Criam-se plantas nas quais eu subo
Das quais me alimento e observo a beleza
O tal alimento retoma a cadeia
Que continuamente vai se repetindo
Como um homem que vem da areia
E volta à areia chorando ou sorrindo
São cartas expulsas que voltam ao jogo
As cenas repetem ao fio e ao cabo
Quem me fez com ferro também fez com fogo
Pouco importa se foi o tal Deus ou o Diabo
Seguindo a doutrina do Eterno Retorno
Vivendo e sendo o Univerno que sou
Descobro a verdade e a coloco no forno
Porque tudo acaba como começou!
domingo, outubro 31, 2004
segunda-feira, outubro 25, 2004
Poema ateu nº 3
Quebro um fio de cabelo e me afogo em uma lágrima
Penetro sua retina tão escura quanto a noite sem lua
Mas a menina dos teus olhos toma-me nas mãos
Brinca um pouco comigo e lança-me aos vazios abissais
De uma hemácia eu faço uma canoa redonda e vermelha
Passeio tranqüilo pelas alamedas saguinárias de teu organismo
És por dentro animail real e irracionalizado
Tua mente não penetra no teu âmago como eu
Por isso, posso falar com toda a propriedade:
Dentro de ti não há alegria, nem paz, nem Deus
Dentro di há gosmas, fluidos, sangue e sangue
Penetro sua retina tão escura quanto a noite sem lua
Mas a menina dos teus olhos toma-me nas mãos
Brinca um pouco comigo e lança-me aos vazios abissais
De uma hemácia eu faço uma canoa redonda e vermelha
Passeio tranqüilo pelas alamedas saguinárias de teu organismo
És por dentro animail real e irracionalizado
Tua mente não penetra no teu âmago como eu
Por isso, posso falar com toda a propriedade:
Dentro de ti não há alegria, nem paz, nem Deus
Dentro di há gosmas, fluidos, sangue e sangue
Poema ateu nº 2
Minha vida rompe a hidrostática
Esparramando mercúrio e pus
O próprio Cristo, o sangue, a cruz
Vem os somar com a tal matemática
Nossa torcida se exalta fanática
Quando os romanos humilham Jesus
Colocam madeira sobre os ombros nus
Queima discursos e partem pra prática
Quando pressão, antes atmosférica,
Vem se tornar a pressão popular
Deus chuta a Terra, essa massa esférica,
Mata seu filho, constrói um altar
Faz terremotos com ira colérica
E finque que é bom para melhor passar!
Esparramando mercúrio e pus
O próprio Cristo, o sangue, a cruz
Vem os somar com a tal matemática
Nossa torcida se exalta fanática
Quando os romanos humilham Jesus
Colocam madeira sobre os ombros nus
Queima discursos e partem pra prática
Quando pressão, antes atmosférica,
Vem se tornar a pressão popular
Deus chuta a Terra, essa massa esférica,
Mata seu filho, constrói um altar
Faz terremotos com ira colérica
E finque que é bom para melhor passar!
Poema ateu nº 1
Não sei mais o que fazer, meu caro amigo,
Já parei de acreditar nesse tal deus
Já andei sobre as brasas de um adeus
Desafiando o Senhor e o perigo
Mesmo guiando os meus passos, guio mal
Mas jamais concederia à divindade
O poder de decidir, a liberdade
De escolher o meu caminho e meu final
Se todos são marionetes do Senhor
Eu desafio-o pra que saiba meu futuro
E o que disser, podes crer, eu asseguro
Faço o completo oposto ao que falou
Não sou criança desmamada ou menino
Que luta impotente contra o mundo
Pode até mesmo que seja um vagabundo
Mas não sou Édipo, eu que faço meu destino.
Já parei de acreditar nesse tal deus
Já andei sobre as brasas de um adeus
Desafiando o Senhor e o perigo
Mesmo guiando os meus passos, guio mal
Mas jamais concederia à divindade
O poder de decidir, a liberdade
De escolher o meu caminho e meu final
Se todos são marionetes do Senhor
Eu desafio-o pra que saiba meu futuro
E o que disser, podes crer, eu asseguro
Faço o completo oposto ao que falou
Não sou criança desmamada ou menino
Que luta impotente contra o mundo
Pode até mesmo que seja um vagabundo
Mas não sou Édipo, eu que faço meu destino.
domingo, outubro 24, 2004
O que dá para poesia?
Os temas os mais prosaicos dão para a poesia
A rapariga que já dá para todos também dá para poesia
A "miota" dos papudinhos de manhã cedo, essa sim dá para a poesia
O casal comportado praticando sexo anal cabe na poesia
Uma ocasional ereção do Professor Chaminé, além de milagre, é matéria de poesia
Um gato brincando com uma bola numa confusão de bola-gato serve para a poesia
Cheiradores de cola, maconheiros, pixadores ociosos, eu, marginais, traficantes, enfim,
os maus elementos da sociedade atual são um diamante para a poesia
As músicas da banda Meine Eier e seus solos de contra-baixo são pérolas de poesia
Um conteúdo programático positivo sobre homossexualidades dá para a poesia
Melhor, as viadagens em geral dão (e como dão!) para poesia
Dar um xeque-mate de peão, matar um lezado com facadas num jogo de CS,
Roubar doces de crianças ou até mesmo roubar as crianças dos doces
(para os de pensamento lento, isso é seqüestro infantil) são úteis para a poesia
Colocar clara de ovo na bunda de um rapaz dormindo a fim de
quando ele acordar pensar que gozaram nele é válido para a poesia
A escória, o lixo, as pregações de Cristo, as promessas de Lula, as falsidades, as mentiras, as falácias,
tudo isso é sem dúvida muito utilizado na poesia
As quadrinhas do Afonso, as redações do Pedro Henrique são verdadeiras poesias
Tudo, enfim, Tudo se mete na poesia e tudo dá para a poesia!
A rapariga que já dá para todos também dá para poesia
A "miota" dos papudinhos de manhã cedo, essa sim dá para a poesia
O casal comportado praticando sexo anal cabe na poesia
Uma ocasional ereção do Professor Chaminé, além de milagre, é matéria de poesia
Um gato brincando com uma bola numa confusão de bola-gato serve para a poesia
Cheiradores de cola, maconheiros, pixadores ociosos, eu, marginais, traficantes, enfim,
os maus elementos da sociedade atual são um diamante para a poesia
As músicas da banda Meine Eier e seus solos de contra-baixo são pérolas de poesia
Um conteúdo programático positivo sobre homossexualidades dá para a poesia
Melhor, as viadagens em geral dão (e como dão!) para poesia
Dar um xeque-mate de peão, matar um lezado com facadas num jogo de CS,
Roubar doces de crianças ou até mesmo roubar as crianças dos doces
(para os de pensamento lento, isso é seqüestro infantil) são úteis para a poesia
Colocar clara de ovo na bunda de um rapaz dormindo a fim de
quando ele acordar pensar que gozaram nele é válido para a poesia
A escória, o lixo, as pregações de Cristo, as promessas de Lula, as falsidades, as mentiras, as falácias,
tudo isso é sem dúvida muito utilizado na poesia
As quadrinhas do Afonso, as redações do Pedro Henrique são verdadeiras poesias
Tudo, enfim, Tudo se mete na poesia e tudo dá para a poesia!
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