segunda-feira, outubro 25, 2004

Poema ateu nº 3

Quebro um fio de cabelo e me afogo em uma lágrima
Penetro sua retina tão escura quanto a noite sem lua
Mas a menina dos teus olhos toma-me nas mãos
Brinca um pouco comigo e lança-me aos vazios abissais
De uma hemácia eu faço uma canoa redonda e vermelha
Passeio tranqüilo pelas alamedas saguinárias de teu organismo
És por dentro animail real e irracionalizado
Tua mente não penetra no teu âmago como eu
Por isso, posso falar com toda a propriedade:
Dentro de ti não há alegria, nem paz, nem Deus
Dentro di há gosmas, fluidos, sangue e sangue

Nenhum comentário: