Não sei mais o que fazer, meu caro amigo,
Já parei de acreditar nesse tal deus
Já andei sobre as brasas de um adeus
Desafiando o Senhor e o perigo
Mesmo guiando os meus passos, guio mal
Mas jamais concederia à divindade
O poder de decidir, a liberdade
De escolher o meu caminho e meu final
Se todos são marionetes do Senhor
Eu desafio-o pra que saiba meu futuro
E o que disser, podes crer, eu asseguro
Faço o completo oposto ao que falou
Não sou criança desmamada ou menino
Que luta impotente contra o mundo
Pode até mesmo que seja um vagabundo
Mas não sou Édipo, eu que faço meu destino.
segunda-feira, outubro 25, 2004
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