Vejo na pupila do olho que eu vejo
Um poço de água parada e vermelha
A chuva, a paixão que escorre da telha
A gota do céu que vem tocar no beijo
Reflexos teus que a beleza espelha
O fogo apagado querendo a centelha
Mas olha nos olhos, só olha - diz nada
Cala-se, muda, lhe falta o assunto
Descobre que é, nos meus olhos, a amada
Depois ajoelha e diz de pé junto
Que vai ser centelha da chama apagada
Para explodir cheirando a presunto
Nenhum comentário:
Postar um comentário