sábado, abril 30, 2005

Cães inoportunos

As náuseas caninas do meu amigo
Que eu escutava quando dormia
Queimavam-me o cérebro qual asia
E eu me agitava dentro do abrigo

Não conhecia o grande perigo
De em um quartel de Infantaria
Juntar outros cães em sua agonia
Romper amizades: eu sempre consigo

Com meu sangue frio e olhar implacável
Peguei a arma, fiz cara de mau
Naquele pescoço de ser amável

Com baioneta, fiz corte letal
Antecipei o destino imutável
Matei cachorros com tiros de FAL!

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