A felicidade pegou de Marcolino e levou-o aos festejos no vale das Augustas. Danças, parati e putaria. Que mais queria a juventude naquela noie para cachorros e lobos? Afetavam suas sobriedades com o álcool, amavam-se a luz do luar e bailavam enquanto as colcheias e semicolcheias saltavam do saxofone de
seu Chico Mota.
Marcolino até ali havia sido um pobre-diabo cincunspeto e apático. Nada de alegrias, isso é propriedade exclusiva de malandros e basbaques. E assim continuaria a ser e pensar, não fosse a interferência maligno-bendita de Sabastiana. Essa rapariga não tinha palminha de rosto, mas para aquele nádegas-flácidas (se me permitem a expressão) era como um bom naco de picanha bem passada.
Ali estavam ambos: ela movimentando seu corpo pecaminoso em gestos com motivos sexuais e ele balançando suas camadas adiposas de um lado a outro. Nunca se havia imaginado capaz de executar tamanho despautério, no entanto, após alguns goles da boa e velha aguardente cearense até o bom moço se reveste da máscara do ridículo. Foi piorando paulatinamente. Tombou gordamente no solo imundo, defecou nas calças as quais não honrou e vomitou tal qual um bezerro preto e magro a excretar os próprios órgãos pela cavidade bucal.
A rapariga que lhe fazia o cortejo de acompanhante, vendo o coitado naquela situação suína, reclamou o auxílio de terceiros. O mais sábio e mais audaz presente no recinto forneceu a solução intectual para o caso:
- Encaixe o nariz desse egoísta em seu umbigo, que mais parece um povo profundo. Cole as extremidades dos membros inferiores na região posterior do crânio. Coloque tudo dentro de um saco d elixo e lançe essa imundície esférica para uns quatro quintos dos infernos, que é o espaço aproximado que ocupará.
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