E na mansão que reside o mistério
Entre as carnes putrefatas do dilema
Um sorriso incontido de poema
No cálcio morto de um dento em cemitério
E no crânio rachado do desvelo
Na ausência de idéias moribundas
Incrustada com raízes já profundas
A beleza dos cachinhos nos cabelos
Entre a miséria que nas covas jaz
Depois do álcool, já estando zonzo
Ver no complexo de um arco esconso
A perfeição que vem do arco capaz
E nos mamilos de uma morta-viva
Senti a rosa que em seu peito brota
E calculando e desenhando a cota
Nas agonias de uma Descritiva
Míope, lendo no epitáfio: “Aqui jaz Doris,
Morreu aos 15 e assim foi ninfeta
Gozou sentindo um prazer na teta
Que não sentira ainda em seu clitóris”
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