terça-feira, outubro 30, 2007

Parabéns pro bloguê, parabéns pro bloguê...


Após 3 anos de pouca dedicação literária, consigo chegar me arrastando à centésima postagem. E não há como não comemorar esse marco, porque foi o blog que me deu a idéia de quantidade poética que já saiu dessa cachola. Sempre quis ter os números da minha produção, aliás, sempre fui fã de números. Mas digo mais: além da quantidade, o desgraçado do blog ainda me deu estatísticas passíveis de análise, não só de fabricação de poemas, mas também de épocas e sentimentos da própria vida.
O blog foi criado em 31 de outubro de 2004, comemorando seus exatos três aninhos no dia de hoje. É bebê. O primeiro poema fala de merda, como todo o resto, mas nesse caso mais literalmente, e foi realmente escrito no banheiro. Banheiro da casa de Pedro Henrique, o Bart, velho amigo, e ali naquele apartamento da Rua Osvaldo Cruz, postei o primeiro texto, dos cem que até agora apresento. Não sei que diabo ocorreu, mas analisando os gráficos de produção, a época da virada do ano de 2004 para 2005, foi bem produtiva. Nada menos que 30, em dois meses. Segui num ritmo meio irregular, chegando à pausa total em Julho. Férias, óbvio. Não era época mesmo pra me preocupar com essas coisas. Depois dela, começou uma decadência poética total, culminando em 26 de Fevereiro de 2006, quando cheguei à cidade de Resende. Cidade de fato, pouco inspiradora porque fez ficar parado todo esse tempo. Só voltei a dar atenção ao meu blogzinho de estimação, agora, em Outubro de 2007.
Depois de todo esse estudo estatístico, concluo que: foi bom. Hoje leio isso tudo como se nem eu mesmo fosse mais o autor. Critico, cuspo, não gosto, discordo, concordo, me apaixono e reapaixono, tanto por dona Lica quanto pela guria dos sonhos meus. Sem falsa modéstia, gosto desse tipo de literatura que foi produzida. Crua. Vejo o quanto já fui um pivete mongol e quanto já fui bem mais velho do que sou hoje. Cada um dos 100 textos, escritos por 100 pedros roneys diferentes, da forma mais pedroronesca de se amar. Fora os depoimentos nas tecnologias de orkut (em breve postarei), as cartas de colégio, de correio, e as várias idéias que acabaram em pizza, ou melhor, no pão-pizza da tia do guaraná. Ainda lembro quando tudo começou, quando o menino andava tocando aquelas músicas pelas alamedas da casa amarela. Mas isso não volta mais. Ninguém consegue permancer o mesmo depois de 100 dessas. Ninguém.

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