É amargura o que tenho nessa vida
É angústia acre, azeda e venenosa
Como a abelha que cuspindo sobre a rosa
Destrói e mata a alegria antes florida
É muito esforço para esboçar um riso
Às vezes tento fingir que sou feliz
E alguém rindo da gracinha que eu fiz
É quase sempre a recompensa que preciso
É claro, sei que ninguém acha bacana
Esse menino enjoado que eu sou
Que insistente certo dia pertubou
A diversão de uma Camila e uma Joana
Quando o diabo sobe ao céu e rouba o sol
Vai junto a ele todo o fraco fingimento
E me invade a solidão num só momento
E me congelo "like a Porcelain Doll"
E fecho a cara e fecho o riso e fecho a boca
E eu mergulho nesse óleo podre e roxo
Tiro a camisa e coloco um calção frouxo
Durmo esperando o sol de novo a vida loca
quarta-feira, dezembro 29, 2004
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário